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Igreja de São José

Igreja de São José

Igreja de São José Praça Zacarias Guerreiro "Existiria uma Ermida - de São Brás- vizinha do Hospital, ermida esta pertencente às Irmandades de São Brás e de Santa Maria e onde a Misericórdia teve o seu primeiro assento. Dela restam algumas construções góticas ainda hoje visíveis nas dependências da Capela de São José. O primitivo templo religioso do Hospital do Espírito Santo, foi assim, a Ermida de São Brás. A Igreja do Espírito Santo, vulgo de São José, terá sido construída em 1708, (data assinalada na fachada). A denominação surge, desde 1721, em substituição da do Espírito Santo, nome pelo qual se passou a designar unicamente o hospital. Em 24 de Julho de 1747, por determinação de El-Rei D. João V, recebeu o título de Capela Real, tendo-a o rei tomado sob sua imediata protecção e que assim continuassem os seus sucessores. De nave única, tem planta rectangular, ângulos cortados (octógono irregular). Um claustro de linhas simples e os vestígios góticos da Igreja de São Brás. Os vestígios de construções góticas são ainda hoje visíveis nas dependências da Capela, o que leva a concluir que, tanto as reedificações levantadas antes do terramoto, como as que se processaram a seguir a ele, aproveitaram as paredes e coberturas que estavam sólidas, conservando-lhe nestas últimas o gótico dos artesoados, ou integrando-as nas novas paredes a erguer. No corredor que conduz às escadas do púlpito, pode-se admirar um troço de coluna com o seu capitel decorado com motivos florais. Porém, de maior interesse é a pequena capela em cujo tecto as nervuras ogivais são fechadas pelas armas dos Melos e dos Costas. Os primeiros, da família dos Comendadores de Cazevel, do ramo dos senhores de Olivença, estabeleceram-se em Tavira no séc. XVI, quando esta cidade foi porto de mar donde partiam os capelães para o Norte de África. Na citada capela existem, igualmente dignas de nota, uma pequena rosácea e uma lápide sepulcral, datada de 1549, onde se lê: "Aqui jaz Jorge Frz he sua irmã Caterina Francesa, faleceu ho primeiro de Julho era der 1549 anos". O altar-mor é um belo exemplar de pintura em "trompe l'oeil", com colunas de talha fingidas, à exceção das do trono e das duas mísulas onde estão colocadas as imagens antigas de São Vicente Ferrer e da Virgem com o Menino. O escudo e coroa reais que o adornam, dão testemunho do título conferido por D. João V. Colocados de canto, junto ao arco triunfal, mas já no corpo da Igreja, vêem-se dois pequenos altares de talha "rocaille", com o retábulo em forma de oratório fechado por vidraça". O Hospital de São José é um edifício notável, com uma bela fachada lisa e caiada, apenas animada por um frontão de recorte barroco. A cantaria da porta principal, com os seus concheados "rocaille", enriquece a frontaria. Este conjunto ocupa por inteiro um lado da Praça Zacarias Guerreiro proporcionando um belo cenário. O corpo do Hospital já sofreu uma ampliação moderna na sua parte posterior." (In Plano de Reabilitação Salvaguarda do Centro Histórico de Tavira, da autoria de Carlos Duarte e José Lamas, Ld.ª., 1985)

St. Joseph's Church

St. Joseph's Church Zacarias Guerreiro Square "There would be a Chapel - named St. Blaise - next to the Hospital, which belongs to the Brotherhoods of St. Blaise and St. Mary and where the Misericórdia had its first seat. The original religious temple of the Holy Spirit Hospital was thus the little chapel of St. Blaise. The Holy Spirit Church, commonly known as Saint Joseph, was built in 1708 (date marked on the facade), replacing Holy Spirit, the name by which the hospital it became only designated. On July 24, 1747, by order of the King John V, it received the title of Royal Chapel, which the king took over under his immediate protection and that his successors continue to do so. With a single nave, it has a rectangular plan, cut angles (irregular octagon), a cloister of simple lines and gothic remains of the old Chapel of St. Blaise. The remains of Gothic constructions are still visible today in the Chapel's dependencies, which leads to the conclusion that both the rebuilding’s built, before the earthquake as well as those that took place after it, took advantage of the walls and roofs that were solid, preserving the Gothic style of the coffered ceilings, or integrating them into the new walls to be built. In the aisle that leads to the pulpit stairs, you can admire a section of column with its capital decorated with floral motifs. However, of greater interest is the small chapel in whose roof the ogival ribs are closed by the coat of arms of Melos and Costas. The first, from the Commanders of Cazevel family, from the branch of the lords of Olivença, settled in Tavira in the 16th century, when this city was a seaport from which chaplains departed for North Africa. In the aforementioned chapel there are, equally noteworthy, a small rose window and a tombstone, dated from 1549, which reads: "Here lies Jorge Frz and his sister Caterina Francesa, who died on the July first of 1549." The main altar is a beautiful example of painting in "trompe l'oeil", with fake carved columns, except for the throne and the two corbels where the ancient images of St. Vincent Ferrer and the Virgin and Child are placed. The royal shield and crown that adorn it bear witness to the title conferred by King John V. Placed in the corner, next to the triumphal arch, but already in the body of the Church, there are two small altars of "rocaille" carving, with the altarpiece in the form of an oratory closed by a glass. The Hospital de São José is a remarkable building, with a beautiful smooth and whitewashed facade, only animated by a baroque pediment. The stonework of the main door, with its "rocaille" shells, enriches the facade. This set occupies one side of Zacarias Guerreiro Square, providing a beautiful setting. The Hospital body has already undergone a modern enlargement on its back." (In Plano de Reabilitação Salvaguarda do Centro Histórico de Tavira, authored by Carlos Duarte e José Lamas, Ld.ª., 1985)

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